Com taxa, ou sem taxa, o Brasil ama a Netflix

 
No último dia 14 de dezembro, o nosso “querido e amado” Senado aprovou um projeto de lei que prevê a cobrança de ISS (Imposto Sobre Serviço de Qualquer Natureza) de empresas de Streaming, tais como a Netflix. O projeto que foi aprovado por 63 Senadores, e a pouco tempo foi sancionada por Michel Temer.
Para a maioria, o aumento pouco interferiria em questão de valores, já que a alíquota é de 2%. Mas é no mínimo estranho, pois essa não é a primeira medida que o governo toma que direta ou indiretamente afetaria esses serviços.
Para quem não se lembra, no começo desse ano (2016), houve um rebuliço gigantesco entre os usuários de internet no Brasil. As empresas de internet banda larga (com a permissão da ANATEL) começariam a funcionar com o sistema de limite de dados, assim como temos nos sistemas de telefonia celular. Usou o limite de dados, a sua conexão com a internet seria interrompida ou teria a sua velocidade reduzida.
A justificativa era que os sistemas não suportariam tanta gente e que era necessário que os usuários se adequassem aos novos tempos. O sistema se torna deficitário e a solução é colocar a culpa nos consumidores em vez de melhorar o serviço, mas vida que segue.
As empresas de telefonia e internet diziam que essa mudança não afetaria o cliente padrão. Aquele que acessa sites ou redes sociais, sites que demandam pouco fluxo de dados. Então, quem seria prejudicado nessa história toda? Internautas que usam sites mais pesados, ou com maior fluxo de dados, sites de streaming, tais como Youtube e Netflix. Logo, os usuários, ou pagariam a mais para continuar usando esses serviços, ou deixariam de lado e voltariam a usar mais TV a cabo.
É uma coincidência muito grande esse cenário. As principais empresas que entregam banda larga no Brasil também são operadoras de TV a cabo: Net, Claro e Vivo, por exemplo. Há quem diga que isso poderia ser uma tentativa de derrubar uma concorrente que está em ascensão e que entrega um serviço muito melhor.
Você poder assistir o título que quiser, a hora que quiser, quantas vezes quiser, e por um preço acessível é algo que dificilmente poderá ser superado pela TV a cabo. Aquela que promete uma variedade enorme (só se for de filmes repetidos passando em canais diferentes e várias vezes na semana).
Nunca vi um cliente de TV a cabo dizer com sorriso no rosto que adora a sua operadora, seja ela qual for. “Estou superfeliz com a Xongas TV”. Já os clientes da Netflix, têm um carinho pela empresa, pela marca. Mas se você, caro leitor, precisa de informações ou números sobre tudo que estou falando, eu vou colocar os perfis da Sky, da Vivo, da Claro e da Netflix no site do Reclame Aqui.

SKY

VIVO

CLARO TV


NETFLIX
A Netflix é a única que tem 100% das reclamações atendidas, e tem, de longe a maior porcentagem de clientes que voltariam a fazer negócio, 75.7%, contra 59.8% da Claro, 35.5% da Sky e 19.1% da Vivo, que por sinal, não atendeu a nenhuma das mais de 242 mil reclamações.
E de onde vem tanta admiração dos usuários pela Netflix? Do visível e admirável e admirado empenho que ela tem em sempre melhorar os serviços. Sou assinante desde novembro de 2011, existiam cerca de 71 sofríveis filmes, mas com o passar do tempo, foi aumentando seu catálogo, fechando parcerias, trazendo séries, produzindo seus filmes e séries exclusivas e fodásticas. A última melhoria foi a opção de assistir filmes off-line, recurso que os clientes pediam, e segundo declaração da empresa, foi pensado nos clientes que têm conexão a internet que não consiga ter a velocidade adequada para se assistir em streaming. Como não amar essa linda?
Então podem taxar a porra toda, inventar impostos sobre maratonas midiáticas e tudo mais. O que não vai mudar é que a Netflix é muito melhor que a TV a cabo, e se ainda sim duvidar, pergunte para quem usa, tanto a TV quanto o usuário da empresa de Streaming.

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